Manuel Alegre
O autor do preâmbulo da Constituição afirmou recentemente e com orgulho que votou “contra todas as revisões constitucionais”. Mas deu-se conta do que disse? Ainda defende a “sociedade sem classes”? E o "exercício democrático do poder pelas classes trabalhadoras”? E a “apropriação colectiva dos meios de produção e solos”? (redacção original dos artigos 1.º e 2.º e 80.º da Constituição).
O candidato Manuel Alegre representa um certo socialismo serôdio, que ainda existe em Portugal, de cariz igualitário, que desconfia da competição e do mercado. Uma certa esquerda que estagnou nas conquistas de Abril, que fala de direitos sociais irreversíveis, de emprego para toda a vida, que olha para o Estado como solução para todos os problemas. É preciso explicar-lhe que o mundo mudou. Que é simplista atacar a globalização sem propor soluções alternativas. Será que o candidato defende o proteccionismo económico?
Agradecemos o combate pela Liberdade e até a "voz de Argel". Mas Portugal precisa de reformar o sistema político e o Estado – Administração Pública, Justiça, Segurança Social, Trabalho, etc. Para isso não bastam mudanças legislativas superficiais. É inadiável uma revisão constitucional profunda e para isso em Belém deve estar um apoio à mudança e não um presidente que tenda a considerar todas as reformas inconstitucionais.
Do manifesto político de Manuel Alegre ressalta uma certa ingenuidade política, louvável num poeta, mas fatal num presidente. Alegre vive no seu quadrado um combate fora do tempo, feito de poesia e de utopia, mas que nada tem que ver com o Portugal de hoje.
Ver artigo Diário Económico: aqui.
O candidato Manuel Alegre representa um certo socialismo serôdio, que ainda existe em Portugal, de cariz igualitário, que desconfia da competição e do mercado. Uma certa esquerda que estagnou nas conquistas de Abril, que fala de direitos sociais irreversíveis, de emprego para toda a vida, que olha para o Estado como solução para todos os problemas. É preciso explicar-lhe que o mundo mudou. Que é simplista atacar a globalização sem propor soluções alternativas. Será que o candidato defende o proteccionismo económico?
Agradecemos o combate pela Liberdade e até a "voz de Argel". Mas Portugal precisa de reformar o sistema político e o Estado – Administração Pública, Justiça, Segurança Social, Trabalho, etc. Para isso não bastam mudanças legislativas superficiais. É inadiável uma revisão constitucional profunda e para isso em Belém deve estar um apoio à mudança e não um presidente que tenda a considerar todas as reformas inconstitucionais.
Do manifesto político de Manuel Alegre ressalta uma certa ingenuidade política, louvável num poeta, mas fatal num presidente. Alegre vive no seu quadrado um combate fora do tempo, feito de poesia e de utopia, mas que nada tem que ver com o Portugal de hoje.
Ver artigo Diário Económico: aqui.
3 Comments:
At 8:03 da tarde, Anónimo said…
Agradecer a "Voz de Argel" acho bastante dificil.
Se bem me lembro - como diria o saudoso Vitorino Nemésio - Essa mesma rádio entretinha-se a divulgar com regularidade as posições das tropas Portuguesas no terreno, posições essas fornecidas possivelmente por estruturas comunistas nacionais.
Admito como totalmente legítima a luta política pela Democracia e o repúdio da Guerra Ultramarina (agora chamada de Colonial), mas colaborar com uma rádio que pôs em risco de vida pobres milicianos que para lá foram despejados, não me parece grande motivo de gratidão.
At 2:13 da manhã, Anónimo said…
muito bom post. concordo 100%
At 2:14 da manhã, Anónimo said…
Marcelo de Marcelo Rebelo de Sousa?
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