Pulo do Lobo

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Uma Cabala, Meu Reino Por Uma Cabala!

Mário Soares, o homem a quem tudo se perdoa, queixa-se de que a comunicação social não o trata bem. Que só publica fotografias suas de costas, ou com o dedo no nariz, ou rodeado de cadeiras vazias. Vileza que não se deve aos jornalistas, claro, mas a "interesses superiores". A mesma comunicação social que passa por alto o seu trôpego ataque ao "socialista" Ribeiro e Castro, que o entrevista a tempo de editar um livro em plena campanha, que serve aos soaristas para mandar recados ao Governo e que inclui uma TVI controlada por um grupo próximo do PSOE.
É curioso que Manuel Alegre também se queixe do mesmo, como já do mesmo se queixava Santana Lopes. Mas será mesmo do mesmo? Os interessses superiores que perseguem Soares serão os que perseguem Alegre e perseguiram Santana? Ou será uma táctica comum a todos os mesmos - quando se vêem a um mês de perder eleições?

5 Comments:

  • At 6:34 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Coitadinho. Mas então...

    (Texto publicado na "Grande Reportagem" em Abril de 2002)
    O PRESIDENTE QUE GOSTAVA DE JORNALISTAS

    "As presidências abertas foram construídas para dar visibilidade ao dr. Soares e para desgastar Cavaco Silva", diz Estrela Serrano em declarações à GR.
    A hoje directora do departamento de jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social descreve a assustadora homogeneidade com que os repórteres seguiram sem desvios os temas e enquadramentos propostos pelo chefe de Estado nessas campanhas, mesmo quando elas se transformaram num combate indisfarçável ao governo legítimo da nação duas vezes eleito por mais de 50% dos votos.
    O principal garante do respeito pelo escrutínio popular patrocinava assim manifestações e protestos que se desenrolavam a par e passo das suas cerimónias oficiais enquanto presidente da República, com improvisações organizadas e bandeiras negras que emergiam por entre o normalíssimo funcionamento das instituições democráticas e sem ameaça visível no horizonte para além do ruído mediático acerca de uma misteriosa ‘ditadura da maioria’ que ninguém percebia onde é que estava.
    Esta lógica alcançou o auge na peregrinação à volta da Área Metropolitana de Lisboa, entre 30 de Janeiro e 15 de Fevereiro de 1993, um ano e três meses após a segunda maioria absoluta do PSD e num ambiente em que a guerra entre Belém e S. Bento atingia proporções de comédia com a hipótese de dissolução da Assembleia da República.
    Ao longo de duas semanas agricultores, estudantes, moradores, sindicalistas, desempregados, ambientalistas esperavam Soares e este era informado com antecedência da sua presença.
    Os assessores alertavam os jornalistas para não perderem esses momentos, a segurança encarregava-se de lhes abrir passagem até junto do primeiro magistrado da nação e este não iniciava os seus discursos sem estar rodeado dos repórteres. O staff presidencial combinava encontros informais entre o chefe de Estado e os media e se os enviados dos órgãos de comunicação social considerados mais influentes não solicitavam uma conversa privada com o inquilino de Belém eram os assessores que tomavam a iniciativa de a sugerir para se certificarem de que a perspectiva do jornalista não era desfavorável a Soares.
    "A proximidade e o convívio existente entre os jornalistas que acompanhavam o Presidente e os assessores permitiam que estes se apercebessem das reacções dos jornalistas a determinados eventos ou palavras do Presidente e o informassem de que era necessária uma sua intervenção no sentido de um enquadramento favorável, que surgia então como natural", escreve Estrela Serrano.
    Soares começava o dia a ler o Diário de Notícias e o Público e de 24 em 24 horas era informado pelo seu staff da cobertura total que estava a ser feita. À hora dos principais telejornais a caravana parava, mas quando isso não acontecia a equipa do chefe de Estado gravava-os em vídeo para serem vistos à noite de modo a avaliar o impacto dos acontecimentos e se fosse caso disso introduzir correcções de estratégia. "A leitura dos jornais e o facto dos autores das notícias se encontrarem quase permanentemente junto do Presidente e dos assessores facilitava o controle de desvios ao discurso oficial", escreve Estrela Serrano..."

    (nota-Estrela Serrano era assessora de imprensa do presidente Soares)

    crsdovale
    posted by Minha Rica Casinha

     
  • At 6:46 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    à ganda picoto!

     
  • At 7:30 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    É a tactica da vizinha alcoviteira, é o esquema já estafado de baralhar e dar de novo.
    É o pensar que se é chico esperto.
    Uma derrota?
    Melhor seria uma grande derrota.

     
  • At 9:03 da manhã, Anonymous Anónimo said…

  • At 4:40 da tarde, Anonymous Anónimo said…

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