O Candidato Apartidário do PS Não Revanchista
No debate de ontem, Manuel Alegre tentou - e quase conseguiu - manter aquela imagem de apartidário que tem cultivado nas últimas semanas, com evidente sucesso.
Quase - porque houve dois momentos em que o coração socialista falou mais alto.
O primeiro foi a defesa da OTA, o Centro Cultural de Belém do PS. Ou Alegre acredita realmente, do alto da sua independência poética, que um aeroporto novo, no meio do nada, vai "tirar-nos da periferia de Madrid"?
O segundo foi o ataque a Souto Moura. Quando um candidato à Presidência da República diz que "não gosta do tom dos comunicados" do Procurador-Geral, não é preciso ser especialista em semiótica para perceber o que lhe faria se fosse eleito. Nem bruxo para adivinhar que a má onda se deve ao envolvimento de Paulo Pedroso no processo Casa Pia, em tempos atribuído a uma tal de cabala entre o Ministério Público e alguém-de-quem-não-digo-o-nome-mas-está-se-mesmo-a-ver-quem-é.
Talvez isto dê um sono tranquilo aos que acusam Cavaco de ser o candidato da "direita revanchista". (Adoro a expressão: faz-me lembrar uma família de cowboys bushistas a trinchar o peru em memória dos dez filhos mortos no Vietmane).
1 Comments:
At 3:07 da tarde, Anónimo said…
Em primeiro lugar, assume-se que só os socialistas podem compreender a Ota. Diria que é público que foram anunciados diversos estudos a defender a opção. E vários economistas, de quadrantes de fora do PS, concordaram também com a obra. (como consumidor a viver em Lisboa é evidente que não me dá jeito nenhum).
Em segundo lugar, é verdade que SM se fartou de fazer comentários sobre a possíve
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