Pulo do Lobo

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Debate - 3

Louçã tentou, mais do que conseguiu, perpetrar o seu habitual e estimável número de circo. Este debate também era "difícil" para Cavaco Silva por ter como contraponto um falso candidato presidencial disposto, naturalmente, a tudo. Sousa Tavares, aliás, ajudou a amortecer devidamente a eterna conspiração do "passado" que Louçã gosta de arremessar contra toda a gente, como se verá nos restantes debates. Aos jornalistas que o esperavam cá fora, com as questões "estilo Big Brother", Cavaco explicitou que o "modelo" dos debates, agora tão discutido, tinha sido aprovado por todas as candidaturas e que, nesta matéria, como noutras, não estamos propriamente no terceiro-mundo. Tudo visto e ponderado, este terceiro debate revelou a melhor dupla "entrevistadora" das três televisões e esse terá sido um dos seus méritos. O outro consistiu apenas nisto: Louçã saiu dele menos "candidato" e Cavaco saiu mais "presidencial".

5 Comments:

  • At 11:42 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Concordo inteiramente com o seu post, queria apenas acrescentar que o novo modelo de debate, na minha opinião não agrada aos portugueses, de qualquer maneira é o mais favorável ao Prof. Cavaco Silva, principalmente de todas as vezes que se debater com os três pseudo candidatos.

     
  • At 5:29 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    O que me espanta e que Louca diz disparate atraz de disparate e ainda consegue passar como um politico "inteligente", etc...pelo menos a acreditar nos comentarios do Publico e Expresso. 3 disparates SEGUIDOS de Louca (de uma parte do debate que eu vi): que o terrorismo so comecou depois da guerra do Iraque, imediatamente corrigiu referindo-se ao 11 de Setembro (que tambem nao foi o "inicio" do terrorismo, nem sequer do da Al Qaeda). Que os "americanos" apoiaram os "taliban" e que agora apoiam este regime de "traficantes de droga" (no Afeganistao).
    Nao ha ninguem, entre os entrevistadores e os jornalistas/comentadores do Publico e Expresso que exponham como o "rei" Louca vai nu ?...

     
  • At 5:41 da manhã, Blogger rui said…

    este é um daqueles posts que não precisava do debate entre o candidato e qualquer um dos pseudo candidatos - isto é cúmulo da "democraticidade", mas enfim...-para ser escrito. Está acima de qualquer "teste da realidade", e
    com ligeiras variações pode ser desde já adoptado como modelo chapa três para as reacções dos blogs cavaquistas aos debates (chamemos-lhe assim) d'O candidato.
    Falta-lhe apenas o aspecto quantificador que é importante. Sugiro o anjos e demónios que cifra o resultado em Cavaco 8-louçã 0. Maior objectividade é manifestamente impossível.

     
  • At 10:34 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Talvez tenha ouvido mal ou talvez estivesse desatento...
    O sr. louçã não afirmou que os actuais e futuros problemas, na Segurança Social, teriam de ser resolvidos com aumento de Impostos (ao que ele chamou de "esforço comun"), para que não fosse aumentada a idade de reforma ?

     
  • At 2:30 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Finalmente alguém pôs o professor Cavaco de gatas! Hehehehe!

    Só uma perguntinha, que debate estiveram a ver?!

    "O que me espanta e que Louca diz disparate atraz de disparate e ainda consegue passar como um politico "inteligente", etc...pelo menos a acreditar nos comentarios do Publico e Expresso. 3 disparates SEGUIDOS de Louca (de uma parte do debate que eu vi): que o terrorismo so comecou depois da guerra do Iraque, imediatamente corrigiu referindo-se ao 11 de Setembro (que tambem nao foi o "inicio" do terrorismo, nem sequer do da Al Qaeda). Que os "americanos" apoiaram os "taliban" e que agora apoiam este regime de "traficantes de droga" (no Afeganistao)"

    Que eu saiba, não ouvi o Louça dizer que os americanos apoiaram os talibans, mas se calhar estava mais atento aos disparates do Cavaco acerca da segurança social e do seu pretenso desejo de melhorar a qualidade de vida dos portugueses e acabar com a pobreza absoluta porque é mais importante do que a pobreza relativa (!?).

    Bem, quer dizer, também ouvi a parte em que Cavaco mostrava uma preocupação "profunda" com o facto dos imigrantes virem aos magotes para Portugal de um dia para o outro.

    E claro, também ouvi falar nas "profundas" notas do Banco de Portugal que expõem preto no branco o problema do nosso país que remonta exclusivamente aos anos seguintes ao governo do sr. professora porque nessa altura as coisas iam no bom caminho.

    Ah! E como não podia deixar de ser, também reparei na parte em que Cavaco ficou encavacado porque apesar de ele querer muito que as pessoas arranjem emprego, um dos elementos principais da sua campanha ser a favor da liberalização dos despedimentos (tal como a maioria da malta que escreve neste blog!).

    Quanto a Louçã, achei que esteve surpreendentemente bem, foi incisivo, dominou claramente todo o debate, expressou a sua opinião concreta e de forma clara sobre vários temas essenciais (exceptuando a justiça), estava bem preparado, raramente recorreu à demagogia - o mesmo não se pode dizer de Cavaco (a questão da imigração por exemplo) - e finalmente, Louçã fez aquilo que Alegre deveria ter feito, obliterou Cavaco no campo da argumentação, não deixando passar incólumes as suas afirmações falaciosas e promessas vãs.

    Enfim, Louçã fez aquilo que se esperava de um verdadeiro candidato de esquerda, mostrou quem verdadeiramente é Cavaco Silva, um homem sem capacidade de argumentação, demagógico e neoliberal, embora muitos o tentem dissimular.


    P.S. "O sr. louçã não afirmou que os actuais e futuros problemas, na Segurança Social, teriam de ser resolvidos com aumento de Impostos (ao que ele chamou de "esforço comun")"

    Pois... ou estava distraído ou então ouviu mal! Louçã nunca falou em aumento de impostos e essa frase foi dita dentro de um contexto. Como sabe, Cavaco é contra o estado social, uma vez que é assumidamente neoliberal e, de acordo com o neoliberalismo, o estado não deve pagar reformas. Ora, Cavaco estava justamente a tentar dizer isso de forma dissimulada quando falou na possibilidade (necessidade?) de se vir a privatizar a segurança social. Consequentemente, Louçã replicou que isso seria absurdo pois de acordo com um modelo social justo, as reformas devem ser pagas pelo Estado através dos impostos dos cidadãos, daí a expressão "esforço comum". Ninguém falou em aumentar ou diminuir impostos, aliás, tanto quanto sei, Louçã defende apenas o aumento dos impostos sobre as grandes fortunas.

     

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