Pulo do Lobo

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Exigência

A intervenção de Sampaio no tema EDP mostra que não devemos desvalorizar os poderes presidenciais.
Não é só o poder de dissolução. O Presidente pode não promulgar leis. Pode não aceitar nomeações. Pode fazer recomendações. Pode fazer perguntas.
E, sobretudo, pode ser exigente com as respostas.
Exigência. Portugal precisa dela a todos os níveis.
Será melhor presidente quem puder ser mais exigente, com governos, com deputados, com o próprio país.
É óbvio que o executivo continua a ter a chave do cofre.
Mas o presidente pode cooperar e fazê-lo de forma exigente e rigorosa. É mesmo essencial que o faça numa situação de maioria absoluta parlamentar.
É isto que está em causa nestas eleições.
Por isso a minha opção é Cavaco Silva.

4 Comments:

  • At 6:57 da tarde, Blogger sabine said…

    Sou a favor que se repense o semipresidencialismo e, quem sabe, que se avance para o presidencialismo.
    Ao contrário da maioria das pessoas, gosto da postura e apoio grande parte das decisões tomadas por Jorge Sampaio nestes dois mandatos.
    Para mim Cavaco Silva é uma espécie de OVNI: está totalmente desfazado do contexto. Não vou votar nele!

     
  • At 7:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Cada dia que passa é cada vez mais evidente que este governo é incapaz e de propósitos nebulosos. É cada vez mais evidente que a situação do país não está a melhorar com esta governação, pelo contrário. Tal situação só beneficia Cavaco Silva. Não porque as pessoas achem que ele vai governar a partir de Belém, mas porque o governo perdeu a pouca confiança que tinha junto da sociedade portuguesa. Cavaco Silva é, quer se queira quer não, a reserva do regime, e ganhará confortavelmente porque os portugueses querem o próximo PR de olho neste governo.

    Estas presidenciais irão fazer mossa no PS, e Sócrates não escapará incólume como com a derrota nas autárquicas. Os soaristas e ala alegrista, que só prestam para conspirar, estarão de faca afiada para se vingar. O governo cairá por causa da instabilidade no PS. Foi assim que Guterres caiu, e para tal Alegre contribuiu bastante mais do que o PSD e o CDS.

     
  • At 7:17 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    A instabilidade governativa, independentemente da cor política, faz parte dos problemas de Portugal e não das soluções.

    Creio, por isso, firmemente, que Cavaco não vai contribuir para esse peditório.

    Não vai ser, como Soares foi no seu segundo mandato, o líder da oposição.

    Apesar das legítimas divergências de perspectivas, temos que nos unir no que é essencial.

    60% de votação em Cavaco Silva, a confirmar-se no dia 22 (atenção aos preguiçosos!), é um bom ponto de partida para este desiderato nacional.

     
  • At 11:30 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    É curioso e não sei se repararam: O Cavaco fala num acompanhamento especial em relação às empresas estrangeiras em Portugal e " cai o carmo e a trindade" porque o presidente não se deve "meter" em assuntos de economia, o Presidente Jorge Sampaio chama o governo para ver como é que é com a EDP e todos os outros candidatos elogiam a intervenção. Já agora, valia a pena reparar nisto

     

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