Não sei porque será, mas imagino. Acho que podia ter escolhido melhor. Esse soneto acaba por ser acerca da condição humana; não acerca de A ou de B. "Vejo agora quão vã figura/em prosa e em verso fez meu louco intento/" Com as devidas adaptações, não houve, não há e não haverá ninguém que não 'enfie a carapuça'... Devíamos estar a falar das Presidenciais, mas... 'à quoi bon'? O programa segue em Janeiro, essa é que é essa. Portanto: Já reparou a que ponto o Eclesiastes ecoa neste soneto? Já reparou nos ecos budistas da 'Pavorosa Ilusão de Eternidade'? E, no entanto, o nosso homem era um libertino, um devasso, um bandalho... Aí está um cume a que nem Cavaco nem Soares chegariam...
Só o Pedro sabe porque será, mas eu tenho cá um pressentimento: Será que ficou tão desiludido com a prestação televisiva do seu "herói", que decidiu, para esquecer e refrescar as ideias, dar um pequeno mergulho nas ondas da cultura e fazer umas citações do poeta Bocage, no bicentenário da sua morte? Ou será que foi a sua mulher que no 1º. jantar para que a convidou o aconselhou a comprar um livro de um poeta famoso, abrindo caminho para num segundo jantar o aconselhar a comprar " As Trovas do Vento que passa" do Manuel Alegre e num último jantar lá para meados de Janeiro, quem sabe , o poder convencer a votar no mesmo poeta. E assim veríamos o feitiço virar-se contra o feiticeiro, sendo que nesse duelo Cavaco-Alegre, lá em casa teríamos quem sabe em vez de um empate 1-1, uma vitória inesperada da Poesia sobre a Economia por 2-0. Malhas que o amor tece...1. Como dizia Pascal : "Le Coeur a des raisons que la raison ne connais pas".
Pois, pois, digo eu , ...mas depois do vazio que sente após a desilusão que o debate lhe causou, o meu amigo PP deveria seguir as pisadas da sua mulher, votando no Alegre e simultâneamente poupava uns "trocadinhos" em jantares à luz da vela. E a tristeza que ainda o invade, daria lugar lá em casa à mais perfeita harmonia, isto porque 1 voto em Alegre + 1 voto em Alegre só pode dar uma "completa Alegria" Até rima, como diria o Alegre !
Fez V. muito bem em evocar o grande árcade Elmano Sadino, que não contava só, nem muito menos tantas, anedotas de mau gosto que lhe atribuem espíritos vulgares. Foi-lhe madrasta a vida, maus fados o guiaram, como ao outro, seu émulo distante, Poeta excelso, o mais ilustre de todos os nossos Vates, Camões, também ele mal remunerado em vida. Enfim, malhas que o Império tece... hoje, como ontem...
6 Comments:
At 7:01 da tarde, Anónimo said…
Não sei porque será, mas imagino. Acho que podia ter escolhido melhor. Esse soneto acaba por ser acerca da condição humana; não acerca de A ou de B.
"Vejo agora quão vã figura/em prosa e em verso fez meu louco intento/"
Com as devidas adaptações, não houve, não há e não haverá ninguém que não 'enfie a carapuça'...
Devíamos estar a falar das Presidenciais, mas... 'à quoi bon'? O programa segue em Janeiro, essa é que é essa.
Portanto: Já reparou a que ponto o Eclesiastes ecoa neste soneto? Já reparou nos ecos budistas da 'Pavorosa Ilusão de Eternidade'?
E, no entanto, o nosso homem era um libertino, um devasso, um bandalho...
Aí está um cume a que nem Cavaco nem Soares chegariam...
Vitor Correia
At 12:32 da manhã, Anónimo said…
Só o Pedro sabe porque será, mas eu tenho cá um pressentimento:
Será que ficou tão desiludido com a prestação televisiva do seu "herói", que decidiu, para esquecer e refrescar as ideias, dar um pequeno mergulho nas ondas da cultura e fazer umas citações do poeta Bocage, no bicentenário da sua morte?
Ou será que foi a sua mulher que no 1º. jantar para que a convidou o aconselhou a comprar um livro de um poeta famoso, abrindo caminho para num segundo jantar o aconselhar a comprar " As Trovas do Vento que passa" do Manuel Alegre e num último jantar lá para meados de Janeiro, quem sabe , o poder convencer a votar no mesmo poeta.
E assim veríamos o feitiço virar-se contra o feiticeiro, sendo que nesse duelo Cavaco-Alegre, lá em casa teríamos quem sabe em vez de um empate 1-1, uma vitória inesperada da Poesia sobre a Economia por 2-0.
Malhas que o amor tece...1.
Como dizia Pascal : "Le Coeur a des raisons que la raison ne connais pas".
At 1:54 da manhã, Pedro Picoito said…
Pois, pois, ou como dizia l`autre: "tu chantes bien, mais tu ne m`alegres pas". (Alegre, pá, não sei se estão a ver o trocadilho...)
At 11:02 da manhã, Anónimo said…
Ó Picoto, definitivamente não tens grande graça.
E quanto ao Bocage, acho que te ficas pelas anedotas.
Apaga já, picoto.
At 12:15 da tarde, Anónimo said…
Pois, pois, digo eu , ...mas depois do vazio que sente após a desilusão que o debate lhe causou, o meu amigo PP deveria seguir as pisadas da sua mulher, votando no Alegre e simultâneamente poupava uns "trocadinhos" em jantares à luz da vela.
E a tristeza que ainda o invade, daria lugar lá em casa à mais perfeita harmonia, isto porque 1 voto em Alegre + 1 voto em Alegre só pode dar uma "completa Alegria"
Até rima, como diria o Alegre !
At 11:40 da tarde, António Viriato said…
Fez V. muito bem em evocar o grande árcade Elmano Sadino, que não contava só, nem muito menos tantas, anedotas de mau gosto que lhe atribuem espíritos vulgares. Foi-lhe madrasta a vida, maus fados o guiaram, como ao outro, seu émulo distante, Poeta excelso, o mais ilustre de todos os nossos Vates, Camões, também ele mal remunerado em vida. Enfim, malhas que o Império tece... hoje, como ontem...
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