Pulo do Lobo

quinta-feira, janeiro 19, 2006

O escândalo veio pelos fariseus

Pacheco Pereira tinha razão quando afirmou que a arrogância estava muito mal distribuída nestas eleições.
Gosto de ganhar mas também gosto que os meus adversários saibam perder com dignidade. E isso o João Pinto e Castro não aprendeu na escola.
À imagem do candidato que dizem apoiar, a assuada e o charivari cresceram tão vincadamente no Super-Mário que de blog de protesto rapidamente se converteu numa alarve comunhão de ressentidos.
Quando digo que acredito no despotismo dos factos digo que não acredito em crenças catedrais que acabaram em ruínas. Não acredito em vozes convictas de que o mundo pode esperar por nós. Nem acredito naqueles que remexem perigosamente no passado à procura de soluções para o futuro. O curso bruto das coisas deitou muros e mitos abaixo. Mas a poeira, infelizmente, tarda em assentar. O João Pinto e Castro anda lá pelo meio.
Francisco José Viegas, oportunamente lembrado no DN de hoje, falou-nos há tempos de um complexo, de «um trauma de classe», de «um medo da vida que não cabe na memória, um medo de que a vida escape.» São assim as cabeças medrosas e obtusas do chamado «socialismo democrático», algures entre as birras de infância e as primeiras crises da meia-idade.
Soares conseguiu chamar a si algumas curiosidades simpáticas. Mas não estamos em 86. Os fantasmas de 74 já não assustam ninguém. A retórica anti-fascista está esvaziada de sentido. Os soaristas experimentaram todas as variedades sonoras de um projecto que se queria eloquente e comovedor. Não deu resultado. É que esta aventura, como todas as que contrariam a corrente da História tinha, à partida, muito poucas probabilidades de sucesso.
É uma candidatura talhada para a derrota - ou para a humilhação.

5 Comments:

  • At 9:38 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    O Tiago continua um bocado equivocado ou então limita-se a fazer as leituras que lhe convêm. O facto de alguns muros e mitos terem caído não implica que as ideologias que os sustentavam tivessem caído também. O Tiago gostava que fosse assim, mas não é. Paciência. E depois pensou que essas quedas correspondessem ao desabrochar de um novo dia para os ultra-neo-liberalistas que, perante a existência de um único bloco, o do Ocidente, criminoso, desumano e cruel, acharam que podiam avançar na execução de estratégias visando o lucro e só o lucro esquecendo direitos sociais adquiridos. Não foi assim. A força de outros candidatos como Jerónimo de Sousa confirma-o. Também aqui, o Tiago tem que ter paciência."A retórica anti-fascista está esvaziada de sentido" afirma mais à frente o Tiago. Acha que sim? Parece-me que nunca nunca foi tão justificada nos últimos anos. E não é o medo de cavaco. É o medo dos populismos que ele representa. Quando se observam situações de campanha em que senhoras beijam a mão ao condidato, estamos perante a manifestação de um forte sebastianismo que se pressente cada vez mais em alguns sectores da sociedade portuguesa. A forma como cavaco surge nestas eleições, reflectindo a imagem do salvador da pátria é, em si mesma, uma tentativa de colagem a sinais perigosos para o regime democrático. A desilusão existe entre as pessoas? Sem dúvida. Por isso, e mais do que nunca, seria necessário que cavaco falasse e se afastasse desse limbo indefinido que escolheu. Resta-nos a certeza cada vez maior de uma segunda volta! E com ela, a derrota de cavaco!

     
  • At 1:41 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    muito bem

     
  • At 1:17 da tarde, Anonymous Anónimo said…

  • At 3:46 da tarde, Anonymous Anónimo said…

  • At 4:51 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Though Daly was not implicated, his life became chaotic. golf shirts K. Things are looking up, he says. If anything, I would think the Match Play tourney is more of a crapshoot than a stroke play event, so Tiger would have increased his chances of extending the streak by playing the Nissan.

     

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