Pulo do Lobo

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Figuras tristes

A Visão publicou hoje um inquérito, onde a ausência de respostas de Cavaco foi criteriosamente destacada. (deve ser mais uma vergonhosa manobra de favorecimento)

Perguntas como, qual a sua cor preferida, o prato que lhe enche as medidas, o filme da sua vida, a viagem que não esquece, entre outras, à mistura com questões sobre a eutanásia, drogas, opções sexuais.
Esta perigosa baralhada, onde se dão respostas enlatadas de três linhas, tratando por igual a relevância das perguntas e tratando os candidatos como se de actores de telenovela fossem, parece ser relevante para certas pessoas.

Ora, Cavaco não deu para esse peditório e eis que Joana Amaral Dias conclui com uma lógica fulminante: Quem não responde não pode querer ser Presidente.

Engraçado, eu conclui exactamente o oposto.

2 Comments:

  • At 10:06 da tarde, Blogger sabine said…

    A arrogância de Cavaco no seu melhor.
    Nota: Se se pode criticar Soares por não ter acedido ser entrevistado pela revista Atlântico deve-se ainda mais criticar Cavaco que não responde a nenhum inquerito - de qualquer jornal ou revista!!!
    Sinceramente: ambos querem imprensa favorável mas usam estratégias diferentes (opostas) para o conseguir.
    Não vou votar Soares e não gosto de Cavaco Silva.

     
  • At 9:27 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Sinceramente! Neste post, a sua desonestidade intelectual é desconcertante. A sério que é! Então o homem não responde a nada, a nenhum inquérito, seja em que jornal for, sobre qualquer tema e você vem dizer que é por isso que ele pode ser presidente. Ninguém sabe nada sobre Cavaco, a não ser que ele tem jeito para a expressão facial... Ninguém sabe nada sobre ele, a não ser que nasceu em Boliqueime numa família que não era propriamente do povo e que tinha tantas dificuldades que até conseguiu ir estudar para Inglaterra (a história é tão "humilde" que nesta altura tenho que parar para limpar os olhos lacrimejantes...). À partida quem vive com dficuldades não consegue colocar um filho a estudar no estrangeiro e ter como bem da família uma bomba de gasolina não é o mesmo que trabalhar na agricultura de sol a sol ou ter uma reforma miserável. Seria bom que ele falasse sobre quaisquer outras coisas que não sobre economia.E não me venham falar de dez anos de progresso que só nos conduziram à situação em que estamos hoje. Se na altura este candidato tivesse apostado num caminho de desenvolvimento sustentado, com especial ênfase na educação e na cultura, em vez de ter distribuído sacos de cimento e betão armado pelo país em não sei quantos km de auto-estrada... Se ele tivesse feito isso, hoje a situação seria, sem qualquer dúvida, melhor.

     

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